O Silêncio de Deus

foto: We Heart It

Orações que parecem não ser ouvidas, dores que parecem não ter fim. Parece que o céu está fechado e que Deus está em silêncio. Na nossa caminhada cristã já passamos ou passaremos por situações semelhantes. Mas, o que significa o silêncio de Deus? Por que parece que Ele não nos ouve ou não nos quer ouvir? Há muitos aprendizados por trás do silêncio de Deus.

Mas o que gera esse silêncio?! 
Bom, eu acredito em pelo menos três causas:

1 - O pecado. Em Isaías 59:1-2 NVI, diz "Vejam! O braço do Senhor não está tão curto que não possa salvar, e o seu ouvido tão surdo que não possa ouvir. Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dEle, e por isso Ele não os ouvirá." Quando pecamos a primeira coisa em nossa vida que sente esse peso é a nossa vida com Deus. É como um muro que se poe entre nós e Deus.

2 - A desobediência. É o que gera o pecado. Romanos 5:19a "Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores". Muitas vezes desobedecemos a vontade de Deus, pegamos um caminho oposto à Sua vontade, mas nem ligamos. Insistimos em algo, algum sentimento errado, que Ele já nos alertou que não seria bom para nós. Só enxergamos que erramos quando vemos as consequências da desobediência, o silêncio é uma delas.

3 - Um teste de Deus. Onde Deus prova o nosso coração e até onde vai a nossa fé. Foi o que aconteceu com o rei Ezequias. 2 Crônicas 32:31b "Deus o deixou, para prová-lo e para saber tudo o que havia em seu coração."

O último silêncio de Deus que passei foi para mim um verdadeiro teste. Eu me esforçava para andar em santidade, viver longe do pecado e a estar sempre perto de Deus, orando, jejuando e meditando em Sua palavra. De repente tudo começou a esfriar. Eu não sentia mais Deus. Ouvia, lia a palavra, mas ela não entrava em meu coração como antes. Minhas orações pareciam não passar do teto, parecia que o céu estava fechado sobre mim. E a dor por estar longe de Deus corroía meu coração. Não aguentava mais aquilo e comecei a clamar buscando uma solução. Clamava pelas madrugadas e, enquanto todos em casa dormiam, eu me ajoelhava em meu quarto para orar. As minhas palavras não passavam de:

"Deus, fale comigo. Eu não sei o que eu fiz de errado, se eu errei, se eu pequei contra o Senhor, por favor me perdoe. Mas não esteja longe de mim, não cale-se para mim. Suas palavras são vida, eu preciso dessa vida em mim. Não aguento tanto sofrimento, não aguento Teu silêncio."   

Depois de algumas semanas, veio a resposta. Um versículo somente: "Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos." 2 Coríntios 5:7 NVI. Essa palavra saltou diante dos meus olhos. Por ela descobrir que aquele silêncio era um teste e o que Deus estava testando em mim era a minha fé. Enfim, Ele falou comigo. Aquela voz suave soou em meu coração dizendo: "Você não precisa me sentir para saber que eu estou contigo. A minha palavra já diz a verdade, ela é a verdade: Eu estou contigo. Não importa se você sinta ou não, isso não muda a minha palavra." 

Dali para frente aquele silêncio foi quebrado. Agora quando esses desertos de silêncios vêm, eu me analiso para saber como agir. Não importa por qual meio o silêncio vem, sempre há uma solução. Para o pecado, a solução é o perdão. Para a desobediência, a reconciliação. E para o teste, ser persistente é o que te fará vencer.

Tem cristãos que quando passam pelo silêncio de Deus param de orar, param de ler a Palavra, estagnam na fé. Jamais faça isso, ore o dobro do que orava antes, leia muito mais a Palavra e seja perseverante. Sim, é ótimo poder sentir Deus, sentir que Ele nos ouve e responde nossas orações, mas se você não sentir mais isso tudo, isso jamais mudará o fato de que Ele está com você.

Às vezes o silêncio vem na hora em que mais precisamos de Deus, em momentos difíceis, de decisões... Mas lembre-se de que Deus jamais deixará que você passe por algo que não pode suportar. No silêncio Ele ainda está trabalhando. E depois do silêncio sempre há uma compensação. Foque no "depois da tempestade" e não na tempestade.

Claudiane Almeida

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