Valeu a pena Esperar ♥ Parte 4

Reprodução: Arquivo Pessoal
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Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 
Mt 6:33

E foi exatamente o que diz este versículo que me aconteceu. Aprendi a descansar no Senhor e meu maior desejo passou a ser conhecê-lO! E como ele é fiel suas mãos se abriram para me abençoar!

Menos de 1 ano depois, ao voltar do trabalho, próximo a estação do metrô a qual eu desci, um rapaz me chama e pergunta se eu me chamo Raquel. Na verdade foi o jeito que ele encontrou para puxar assunto comigo, dizendo que eu "parecia muito uma colega da graduação e que esta se chamava Raquel" (ele pensou em dizer Rebeca, mas seria muita cara de pau, rs). Acabou que eu disse meu nome e que não era irmã gêmea de nenhuma Raquel. Passamos a nos falar a partir disso. Eu não sabia, mas ele pegava metrô comigo quase todos os dias mas como eu sempre estava com minha mãe ele nunca havia tentado se aproximar. E eu nunca percebi porque estava sempre com muito sono ou lendo.

No outro dia enquanto esperávamos o metrô ele chegou todo formal se apresentando para a minha mãe: "Bom dia, eu sou o Maicon, amigo da Haya". E todos os dias ele vinha dar um "bom dia" para nós, virou até uma pequena rotina matinal. Quando ele se distanciava minha mãe dizia: "Esse rapaz aí está interessado em você, filha" (minha mãe o quis como genro desde o primeiro segundo que o conheceu, rs), e eu constrangida dizia: "Que isso mãe! Nada a ver!". Eu não estava pedindo um namorado a Deus. Eu já sabia que ele mandaria, no tempo dEle, no tempo perfeito, talvez com uns 27 anos, o que eu não sabia é que esse tempo era agora.

Ele definitivamente não fazia meu tipo. Eu nunca imaginei meu príncipe daquela forma. Todo formal, homem feito... Mas quem é que sabe o que melhor para nós? Não nós, com certeza. Hoje eu entendo que definitivamente eu não sabia o que seria bom para mim e que o príncipe da forma como eu imaginava não me completaria, não me acrescentaria e não me faria feliz como cada traço da personalidade do Maicon o faz hoje. O alternativo/esqueitista/desleixado que eu achava lindo no ensino médio não me daria a segurança e proteção que eu preciso hoje. Quando eu vejo um menino com o estilo que me atraía no passado e penso "meu Deus, onde eu estava com a cabeça?".

Eu também nunca imaginei que alguém como ele se interessaria por mim. Mas o que eu não sabia é que ele já me observava há muito tempo! Segundo ele, eu chamei sua atenção com a maneira que tratava a minha mãe (sempre fui muito carinhosa, sem falar que as vezes eu ia dormindo no metrô no ombro dela, rs ). Além disso, eu lia a Bíblia no metrô também. Certo dia trocamos telefone e aí começamos a trocar mensagens. Nada demais, ele me chamava de "sonekinha" e eu de "chato" - porque sua expressão no metrô era sempre séria. Falávamos sobre trabalho, os planos para as esperadas férias, meus estudos... Pouco a pouco eu descobri o menino que existia dentro daquele "homem feito", mas sem imaginar que algo rolaria entre nós.

Certo dia a mensagem tinha um convite. Ele me chamou para pegar um cinema. "Vai ter que esperar o fim do semestre", ele diz que eu fui seca e grossa. Sinceramente, eu não me recordo. Mas deve ter sido, eu estava traumatizada com a experiência anterior e ainda estava super focada em meus estudos. Acho que ainda era setembro, mas ele esperou até a época do vestibular no finalzinho do ano. Neste período as mensagens diminuíram e eu quase não o via mais no metrô, recordo-me de receber uma em que ele me desejava uma boa prova.

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. Is 55:8-9

Ano novo e nada, mas eu nem estava esperando. Mandando sms para o mundo inteiro desejando "Feliz 2012" resolvi mandar uma para ele. A resposta veio uns dias depois e com um sútil lembrete, então propus um crepe. Ele quis me buscar em casa e sem exagero, ele estava na porta da minha casa no horário exato em que combinamos, nem mais, nem menos. Para a minha sorte (ou não) meu pai e um tio meu estavam em casa, ele desceu e se apresentou e ainda bateu um papinho com eles enquanto eu finalizava a produção :)

Ele abriu a porta do carro, eu entrei muito sem jeito (nunca havia sido tratada assim antes!), e lá fomos nós. Não havia um pingo de expectativa em relação a um potencial início de namoro e eu estava seca. Eu não seria tola desta vez. Eu pensava comigo: "ai ai, esses louvores tocando no carro são só para me agradar...E pra quê abrir a porta do carro? Deve ser só por hoje...". Vimos uma pizzaria interessante e resolvemos deixar o crepe para outro dia.

Divertido, educado, atencioso comigo, com os garçons... “será real?”, eu pensava. E aí na volta ele disse: "E agora, vamos para onde?". "Como assim, para casa", eu disse. Ele insistiu, perguntando onde eu queria ir agora. Eu não soube dizer, daí ele propôs de irmos a Esplanada dos Ministérios ver as luzes de Natal, que ainda estavam lá.

 Reprodução: Arquivo Pessoal



Eu vejo a Esplanada todos os dias, eu trabalho lá, mas só durante a manhã e a tarde, então eu sempre tive um desejo íntimo de conhecê-la à noite na época que a enchem de luzes para as comemorações de final de ano, mas eu nunca havia tido a oportunidade. Então eu quis ir na hora! A distância não era pequena, eu disse que ele não precisava se incomodar, mas ele me levou lá. Isso mexeu comigo e a partir daí comecei a pensar: "Será que é ele, Deus? Mas já!?".

Haya Alburqueque




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