"Errar é humano" e o cristianismo


Ontem no meio de conversas paralelas do dia a dia disseram algo sobre não podermos voltar atrás para consertarmos alguns erros do passado. E logo alguém soltou a seguinte pérola: "Errar é humano!".
Acho que podemos dizer que essa é uma das frases mais célebres da humanidade, perde apenas para o "eu te amo", usado muitas vezes fora de contexto. Ultimamente tenho refletido muito sobre o "erro". Afinal, por que erramos tanto na vida? O erro, a falha, a queda e o pecado fazem parte da inclinação humana desde os primórdios. Da Eva no paraíso ao Pedro quando negou a Cristo. Erramos quando tomamos certas decisões e sofremos com suas consequências. Ao longo da vida erramos e estamos inclinados ao erro. Faz parte da natureza humana.

"Portanto, sejam perfeitos, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu." Mateus 5:48

Mas como, na posição de humanos falhos, incertos e sujeitos ao erro, devemos encarar esse versículo? Esse foi um dos questionamentos que sempre fiz diante do tal ditado "errar é humano". Não somos perfeitos e atingir a perfeição é algo inalcançável ao homem por si só. Mas Deus não sabe disso? Sim, Ele sabe de todas as coisas. A questão é que nós, humanos falhos, interpretamos o cristianismo com alguns equívocos. A perfeição no cristianismo não se trata de uma vida imaculada/completa, mas de um PROCESSO de santificação. O objetivo do cristianismo é expor nossas falhas, nossos defeitos, feridas e sujeiras. Pois a Graça de Cristo é olharmos para nós e reconhecermos nossas condições: a condição de humano exposto ao erro e a condição de filho de Deus exposto ao processo de reparo.

Novamente pergunto: Por que erramos tanto? Por que o ser humano é tão falho? Isso se faz necessário para que tenhamos Nele o que falta em nós. A vida em Cristo é esse processo.

"As pessoas que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a natureza humana delas, junto com todas as paixões e desejos dessa natureza." Gálatas 5:24

O andar no Espírito é uma jornada contramaré que resultará numa grande necessidade de renúncias, é o "carregar cada um a sua cruz". Mas no cristianismo isso não gera um fardo pesado, pois o "fardo é leve e o jugo, suave". O empenho, o esforço, o sacrifício e as renúncias movidos pelo amor geram em nós uma satisfação difícil de ser compreendida pela mente humana. Mas é isso o que o poder de Deus faz em nós, não é? Errar é humano e aprender com o erro faz parte. Já errou muito na vida? Então faça desses erros oportunidades de crescimento e um "sim" para Deus nos moldar segundo a Sua imagem e semelhança.

Claudiane Almeida



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